Quando se fala da guerra é muito dificil dizer quem tem culpa ou quem sofreu mais e é mais difícil ainda dizer quem é responsável. Durante minha pesquisa sobre ALA encontrei um blogue muito interessante sobre literatura que de forma muito forte comentou a declaração do autor de Os Cus de Judas
« ''Eu tinha talento para matar e para morrer. No meu batalhão éramos seiscentos militares e tivemos cento e cinquenta baixas. Era uma violência indescritível para meninos de vinte e um, vinte e dois ou vinte e três anos que matavam e depois choravam pela gente que morrera. Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros''.
Vós, que fostes combatentes na guerra do ultramar, que achais destas “preciosidades”?
Qual foi o Batalhão presente na guerra do ultramar que teve 25% de baixas? E o que dizer quanto à “guerra dos pontos”? Será que o infeliz Lobo Antunes, no intervalo das suas divagações literárias, se entretêm a jogar jogos de computador e o seu avançado estado de senilidade já não o deixa discernir entre o que é ficção e a o que foi a realidade por ele vivida em Angola nos anos de 1971 a 1973? Esta "guerra dos pontos" não será o reflexo de horas intermináveis a jogar Farm Ville no Facebook?
Na verdade, a “diarreia verbal” do Sr. Lobo, se não fosse trágica (e é...) seria cómica (não, não dá vontade de rir!)
E é grave, vinda de um ex-combatente, tal como nós. Envergonha-nos e envergonha quem profere semelhante verborreia (ou será que ele já não tem qualquer pingo de vergonha?).»
Extraído do Fórum dos antigos militares do Batalhão de Caçadores 4611/72 (Angola, Novembro de 1972 a Novembro de 1974) http://forum4611.blogspot.com/
A história de ALA não passou despercebida, apareceram vários artigos a volta dela, recomendo o artigo de Manuel Catarino A Mentira e a Carta Aberta da Liga dos Combatentes publicada em Dario de Noticias. Quanto a veracidade das palavras de António Lobo Antunes nunca a vamos saber. Mas sempre podemos supor, ou deixar que nos sugerem.
«A PIDE eu também a conheci e bem. Os comentários aqui expostos, queiram desculpar mas não os posso aceitar ou quanto mais não seja compreender. Estive em angola em 1971 numa localidade de seu nome Chimbila (leste),onde se encontravam os mercenários catangueses que eram comandados por quem?pela PIDE e como é que eles faziam a guerra:? por objectivos:ou seja quantas mais armas mais $$$$ e isso significava o que? quem fica sem arma .... Sofri nessa localidade ao ver o que esses esbirros faziam, tanto a mulheres como até a crianças. A guerra psicológica também doí, ou será que estou enganado? »
tirado do blogue http://blog.comunidades.net/africa/index.php