niedziela, 30 stycznia 2011

António Gedeão

António Gedeão é o nome que usado pelo autor português Rómulo Vasco da Gama de Carvalho químico e pedagogo conhecido também por seus ensaios, poemas e diversos artigos da área da ciência e da educação. Este autor escreveu também duas peças de teatro: RTX 78/24 (1963) e História Breve da Lua (1981). A peça de A.Gedeão consiste de 7 quadros, as didascálias estão muito precisas quanto à decoração do palco, da música ou do movimento. A peça conta-nos história de um rapaz jovem  e idealista chamado António. António é o filho dos seus tempos, filho da relativização, para ele qualquer um tem razão. Durante a minha leitura gostei muito da construção de personagens através da sua linguagem. Esta marca pós-moderna é muito visível podemos destacar a linguagem de jovens, de tias devotas, de homem como já não há hoje, de membros da comissão da Genicometria e dos trapeiros. António acredita de que o ser humano deve ser o valor principal na sociedade ele está a procura da bondade dele. Ele estã a procura do amor . A sua mundividência está confrontada com a de outras personagens da peça, confrontada e destruída. Só no último quadro aparece alguma esperança. Ao longo da peça António apresenta-nos também a sociedade mercantil, conservadora e devota que acredita cegamente nos heróis do passado (tias velhas) que na realidade não corresponderia com os valores lhe associados. A peça contém uma crítica social bastante visível, cuja ferramenta principal é a ironia, porém com o seu desfecho a peça ganha uma nova dimensão. A personagem de António e a sua visão da sociedade podem ser realizados. A peça pode ser vista como a síntese do pensamento humanista de Rómulo Carvalho. RTX 78/24 não tem ligações tão bem marcadas com a história como Felizmente Há Luar ou O Render dos Heróis porém tem aspecto universal. A reflexão sobre a condição do ser humano e a sua natureza é um aspecto que continua vivo. A peça questiona também as conquistas do século como a economia liberal, as técnicas do marketing, o armamento dos países e a radicalização da religião. A peça foi encenada várias vezes. Encontrei informação sobre uma de encenação de 2005 que parece ser interessante por causa das decorações que quase não existem. A peça chama-se  Homem só o que explicitamente refere-se à personagem de António. Ela foi actuada pelos actores do grupo THEATRON. As decorações tão bem descritas nas didascálias  não existem, a brancura do palco e das roupas de actores faz com que as emoções e os conflitos sejam mais higiénicos, mais desumanizados e por isso com mais comoventes. Acho que a peça de Rómulo Carvalho continua viva, especialmente nos nosso tempos em que a relativização está visível em todas as áreas da vida humana.

(s.a) (2006) ''Homem Só'' em THEATRON-Associação Cultural http://actheatron.blogspot.com/2006/06/homem-s-pea-de-2005.html (10.01.2011)

niedziela, 16 stycznia 2011

Machismo em o remorso de baltasar serapião

A posição dos homens em relação às mulheres é um dos elementos do romance que me chocou. Não sou uma pessoa demasiadamente sensível, mas as descrições do acto sexual em que a mulher  é diminuída às «mamas, pernas e buracos» desgostaram-me. Os homens no romance são difíceis de descrever. Por um lado representam todas as características que causam nojo são sujos, grosseiros e parecidos com os animais. Por outro lado representam características contrárias. Baltasar durante a noite de núpcias está preocupado com o conforto da sua mulher. Os homens desfrutam do poder que têm. O que me estranhou foi também o desejo sexual que eles têm. Desejo parece incontrolável. Se não encontram alívio com mulheres usam animais.A opressão da mulher e a dominação masculina no romance são um dos elementos mais crueis, acho que muito mais curéis do que a linguagem de desrições.
O machismo é uma idelolgia segundo qual os homens são superiores às mulheres por causa do seu sexo e de um conjunto de cacterísticas como força física maior, dominação social, independencia etc.
A mulher é inferior segundo esta ideologia, porque é uma ameaça para a posição do homem, se ela assumir o poder e as responsabilidades do homem quem terá de trabalhar em casa e ser obiediente será o homem. O orgulho do homem não permite que aquela situação aconteça por isso usa violencia, para dar lição à mulher, para mostrar onde é que o lugar dela. Também o silencio que a mulher têm de manter é um modo de controlá-la. Os homens tem medo daquilo que as mulheres sabem e daquilo que podem meter na cabeça das crianças. Os sonhos e a vida que as mulheres imaginam são para homens tortos, são assim porque não correspondem com a visão da mulher silenciada, obediente e submissa, mulher ideal de cada machista. 


A condição da mulher em o remorso de baltasar serapião

A frase de abertura do romance indica-nos a direcção em que todo o enredo se desenvolverá.

« a voz das mulheres estava sob a terra, vinha de caldeiras fundas onde só o diabo e genta a arder tinham destino, a voz das mulheres perigosa e burra, estava abaixo do mugido e atitude da nossa vaca, a sarga, como lhe chamávamos» valter hugo mãe o remorso de baltasar serapião p.9

a posição da mulher é inferior a da vaca. No romance as mulheres estão tratadas como seres misteriosos e por isso perigosos. As mulheres segundo as expectativas dos protagonistas do romace deveriam ser «de pouca fala»,  «paradeiras e caladas». Os homens temiam qua as mulheres se unissem para falar, temiam que elas dirão os segredos da família, temiam queas mulheres lhes pudessem fazer comer veneno. Baltazar foi ensinado de pequeno a vigiar a sua mãe,era ensinado a não acreditar naquilo que ela poderia dizer. As mulheres no romance estão demonizadas, estão como diz Baltasar «condenadas a inferioridade». As mulheres são apresentadas como seres excepcionais e diferentes, porém ser diferente no romance está mais ligado as características negativas. As mulheres no romance são prisoneiras primeiramente dos seus pais, e depois dos seus maridos que as gurardam em casa para que não os traem e para preservem a pele clara. Não há respeito enquanto as mulheres, elas estão tratadas como se fossem escravas sexuais dos homens e se eles não podem cumprir os seus desejos com as suas esposas recorrem  a Brunilde(D.Afonso) a Teresa diaba ou aos animais...

A sexualidade dos homens é outra questão levantada por vhm. Acham que a ambiguidade com que os homens tratam as mulheres no romance é actual hoje em dia?




Valter Hugo Mãe

O Remorso de Baltasar Serapião é um livro que retrata a humiliação das mulheres.È o livro em que autor apresenta a força sinistra do amor. O amor e o ódio são sentimentos muito próximos. O amor no romance está acompanhado pela violencia. Este elemento é o mais visível durante a leitura. O pai do Baltasar bate na sua mulher, Baltasar maltrata Ermesinda. A relação que Baltasar tem com a sua mulher é semelhante aquela do seu pai. Neste ponto podemos observar também um certo tipo da análise social que vhm faz. Também o personagem do D.Afonso constitui um dos elementos da relfexão sobre as causas da violação das mulheres.

Elas poderiam ser resumidas deste modo

-amor deformado do homem perante sua mulher (amor que se transforma em ódio, ciumes que o maido tem)
-a posição social que os homens desfrutam para saciar os seus desejos sexuais -D.Afonso
-a força física e a falta de reacção da sociedade- caso da Brunilde
-medo que os homens têm das mulheres  -mãe do Baltasar, bruxa

A posição da mulher é pior do que a de uma vaca. A mulher está diminuida a sua dimensão física. Ela tem que servir o homem, trabalhar e já está. Os protagonistas do livro têm medo daquilo que as mulheres podem ensinar aos seus filhos, têm medo das suas capacidades e da sua intuição. Parece que eles batendo nas suas nulheres pensam que são capazes de domar esta força indefinida que temem.

poniedziałek, 3 stycznia 2011

Valter Hugo Mãe

VHM é um escritor que não faz ivestigações para os seus livros, o que interessa ao autor é ficcionar o real. E o vencedor da 5a edição do Prémio Literário José Saramago com o livro O Remorso de Baltazar Serapião. José Saramago comentou que o livro é «um tsunami linguístico, semántico, sintáctico.(...) é um livro que subverte. A primeira coisa que nos surpreende ao ver a capa deste romance é a falta de maiúsculas. A razão não é tão complicada como podemos supor. Como diz VHM ou mlehor vhm «Sempre gostei das minúsculas. Arrancando as maiúsuculas do ínicio das frases, as pessoas aceleram a leitura, ficam um puco sem travessões e chega-se mais de pressa ao fim»
O romance com que vhm ganhou o prémio de J.S conta uma história da família Serapião. È uma família madieval pobre que na sua vila ganhou algunha de vaca. A vaca dos Serapiões mora em casa e é tratada como um membro da família. Alguns até dizem que os irmãos são filhos da mesma. Como refere numa das entrevistas o autor ele inspirado pelo Almafa Negreiros, o autor queria dar aos animáis domésticos os nomes das famílias, fiz o contrário.

Como já disse antes o livro não é histórico, é ficcional. A linguagem pode parecer medieval, mas não é, é o jogo que o autor faz como leitor. A linguagem é um portugues imaginado que, tal como a história em J.Saramago parece ser mais real e convincente do que a verdadeira linguagem medieval.

Herberto Helder-um poeta visionário

A poesis de HH como dizem muitos pesquisadores é «sublimação do sublime, a imagética da imagem»(Willer, Claudio 2001). Na sua poesia podemos encontrar várias imagens, por isso podemos olhar aos seus poemas como se fossem colagens. Eles criam um novo sentido através dos sentidos já existentes, é «poesia de poesia»(Willer 2001) é uma alquimia da palavra que trabalhada e as vezes extraída do seu contexto ganha um novo significado. No seu poema Sobre o poema HH apresente aquilo o que é para ele a poesia e  a arte de escrever.
Poema é energia, é algo novo que cresce de tredição antiga, é contra o tempo e a carne. Poemaa usa aquilo que é fora, imagens, sentimentos, palavras para toransformar-se em uma coisa perpétua, única.



Willer, Claudio (2001)'' Herberto Helder e a Grande Poesia Portuguesa Contemporanea'' Revista da Cultura número 9, Fortaleza, São Paulo.